[RESENHA] O Portador da Espada (#1), Cassandra Clare (Galera Record)

 Se tem uma autora que sempre mora no meu coração literário, é a Cassandra Clare. A saga Instrumentos Mortais foi uma febre na minha vida — personagens marcantes, tramas que me devoravam, e um universo mágico que parecia um lar. Então quando O Portador da Espada foi anunciado como o início de uma nova série épica de fantasia, eu corri para comprar. 724 páginas de Cassandra? Pode mandar.

Mas... a leitura foi mais lenta do que o esperado. Não ruim, mas arrastada. Sabe quando você não consegue se apaixonar por ninguém, mesmo tentando? Levei 15 dias pra terminar o livro — e terminei mais com um suspiro de “ufa” do que de “UAU”.

Ainda assim, não perdi a esperança. Porque Cassandra já me fez me apaixonar antes, e quem sabe esse universo novo só precise de mais tempo pra florescer?


[COMENTANDO LEITURAS] I was reincarnated as the 7th Prince so I will perfect my magic as I please

 



I was reincarnated as the 7th Prince so I will perfect my magic as I please


Aqui, o isekai se destaca pelo contraste: Lloyd, que era um mago medíocre, reencarna como sétimo príncipe com uma linhagem mágica poderosa. E seu foco? Dominar magia no seu tempo, sem ligar pra política ou herança.




[RESENHA] O Sol e a Lua, Yoo Na Kim (Publicação Independente)


 O Sol e a Lua é mais do que um livro infantil; é uma celebração da cultura coreana adaptada com carinho para o público brasileiro. Inspirado em um conto tradicional coreano, a história narra a aventura de dois irmãos, Maria e Minrô, que enfrentam um tigre malvado e acabam se transformando no sol e na lua para iluminar o céu. A narrativa é apresentada de forma bilíngue, em português e coreano, permitindo que leitores de diferentes origens apreciem a história em sua língua materna ou aprendam um novo idioma.


[RESENHA] Earth and Ashes, Atiq Rahimi (Other Press)

Earth and Ashes (publicado originalmente como Khakestar-o-Khak), escrito por Atiq Rahimi, é um pequeno grande livro. Com menos de 100 páginas, ele te leva direto para o coração do Afeganistão durante a invasão soviética e, com poucas palavras, entrega uma carga emocional imensa.

Não é um livro que grita. Ele sussurra. E esse sussurro fala de luto, perda, silêncio e guerra. Não cheguei a chorar, mas foi impossível terminar sem um nó na garganta. É uma dor sutil, mas persistente.


[COMENTANDO LEITURAS] How to Get My Husband on My Side, Siru

 



How to Get My Husband on My Side


Mais uma vilã reencarnada tentando sobreviver? Sim — mas dessa vez com coração, dor real e um romance que cresce como flor no inverno. How to Get My Husband on My Side é sensível, envolvente e deixa saudade a cada capítulo. Uma leitura linda, mesmo com o hiato apertando o coração.





[RESENHA] Nós Fazemos o Mundo, N.K. Jemisin (Suma)

 


Quando terminei Nós Somos a Cidade, o primeiro volume da duologia Grandes Cidades, eu estava em puro êxtase literário. Aquele livro foi um dos meus favoritos da vida — uma mistura ousada de urban fantasy, crítica social e magia cósmica que me deixou obcecada pelo universo que a Jemisin criou. E quando chegou Nós Fazemos o Mundo, publicado no Brasil em 2023 pela Editora Suma, minhas expectativas estavam lá no topo do Empire State.

Mas aí veio a leitura. E apesar de ser um bom livro, com ideias brilhantes e personagens que ainda me emocionam, algo ficou corrido demais. Parecia que Jemisin, essa autora que eu amo tanto que compro tudo que sai no Brasil, estava tentando dar conta de encerrar a história com pressa. E sim, no final do livro ela explica um pouco do porquê. Ainda assim... fiquei com aquele gostinho de queria mais. 🥺

[RESENHA] Amêndoas, de Won-pyung Sohn (Rocco)

 

Resenha de Amêndoas, de Won-pyung Sohn

Alguns livros não gritam, não pedem atenção – eles apenas se aproximam devagar, te tocam com mãos gentis e deixam uma marca permanente. Amêndoas, de Won-pyung Sohn, publicado originalmente em 2017 e lançado no Brasil pela editora Rocco, é exatamente assim.

Este é um romance sul-coreano contemporâneo, que transita entre o drama psicológico e o coming-of-age, com uma narrativa minimalista, mas cheia de significado. A história gira em torno de Yunjae, um adolescente que vive com alexitimia — um distúrbio neurológico que o impede de identificar ou expressar emoções. Isso já seria desafiador em qualquer lugar do mundo, mas na sociedade coreana, marcada por expectativas sociais e pressões silenciosas, se torna uma carga ainda mais pesada.

Mas o que acontece quando a vida exige que você sinta? Como você se reconstrói sem ter os mapas emocionais que a maioria das pessoas recebe de nascença?