Ano: 2018
Autor/Autora: Colleen Hoover
Tradutor/Tradutora: Natalia Gerhardt
Editora: Galera Record
Gêneros: Jovem Adulto / Ficção / Literatura Estrangeira / Romance
Páginas: 368
Papel:
Sinopse oficial: Um romance sobre a força necessária para fazer as escolhas corretas nas situações mais difíceis. Da autora das séries Slammed e Hopeless.
Lily nem sempre teve uma vida fácil, mas isso nunca a impediu de trabalhar arduamente para conquistar a vida tão sonhada. Ela percorreu um longo caminho desde a infância, em uma cidadezinha no Maine: se formou em marketing, mudou para Boston e abriu a própria loja. Então, quando se sente atraída por um lindo neurocirurgião chamado Ryle Kincaid, tudo parece perfeito demais para ser verdade. Ryle é confiante, teimoso, talvez até um pouco arrogante. Ele também é sensível, brilhante e se sente atraído por Lily. Porém, sua grande aversão a relacionamentos é perturbadora. Além de estar sobrecarregada com as questões sobre seu novo relacionamento, Lily não consegue tirar Atlas Corrigan da cabeça — seu primeiro amor e a ligação com o passado que ela deixou para trás. Ele era seu protetor, alguém com quem tinha grande afinidade. Quando Atlas reaparece de repente, tudo que Lily construiu com Ryle fica em risco. Com um livro ousado e extremamente pessoal, Colleen Hoover conta uma história arrasadora, mas também inovadora, que não tem medo de discutir temas como abuso e violência doméstica. Uma narrativa inesquecível sobre um amor que custa caro demais.
O que motivou a leitura?
Já não é segredo pra ninguém que acompanho cada livro publicado no Brasil que seja escrito pela Colleen Hoover. Tentei comprar É Assim que Acaba na BIENAL de 2018, mas ele já tinha esgotado. Muita gente estava comentando sobre esse livro e acabou que ganhei ele de natal do meu primo =)
[RESENHA] - por Ariane
É engraçado e desesperador como Colleen Hoover consegue me fazer amar cada um de seus livros. Sem Esperança (RESENHA) é um livro que eu amo, só que Talvez Um Dia (RESENHA) também ganhou boa parte do meu coração e agora... É Assim que Acaba.
Nesta nova narrativa, Colleen Hoover nos apresenta outra difícil temática: violência doméstica. Vamos conhecer Lily, uma mulher que passou a infância vendo a mãe sofrer nas mãos do pai e que, agora adulta, se muda e tem o sonho de abrir sua própria floricultura. Por um acaso do destino ela conhece Ryle, um homem sonha em ser o melhor neurocirurgião da cidade e que não se envolve sério com mulher alguma.
O relacionamento deles é muito adorável, eles se completam de forma incrível e tem a brincadeira da "Verdade Nua", em que eles precisam dizer um ao outro algo extremamente sincero! A química entre os dois é perfeita e a relação entre eles não parece ter como ficar melhor.
É aí que nossa adorável autora resolve apresentar pra valer a temática principal do livro. Dividido em dois momentos, É Assim que Acaba, conta dois momentos da vida de Lily: sua época de infância e seu primeiro amor, Atlas,; e sua vida adulta, ao lado de seu marido e tentando manter sua família recém construída.
Só porque uma pessoa te machuca não significa que podemos simplesmente parar de amá-la. Não são as ações de uma pessoa que nos machuca. É o amor. Se não tem amor ligado a ação, a dor seria um pouco mais fácil de aguentar.
Num segundo momento, a protagonista começa a perceber o quão é parecida com sua mãe. Lily tenta achar justificativas para o comportamento de Ryle a todo instante, inclusive culpando-se por causar tais reações no companheiro. E mais uma vez temos uma garota forte e incrível se esforçando para fazer o relacionamento dar certo, tendo esperanças de que se não pisar na bola, tudo dará certo.
Acho que estive enrolando para escrever essa resenha simplesmente porque... é muito difícil. Eu me apaixonei pela Lily. Eu me apaixonei de verdade por Ryle, mais até do que por Atlas! Presenciar as agonias e sofrimentos vividos pela protagonista e se pegar pensando o mesmo que ela, desejando que Ryle mude, torcendo para ele mudar...
O contato pessoal de Colleen Hoover com o assunto (que ela descreve nas últimas páginas do livro) faz com que o leitor sinta o que os personagens estão passando. Ela consegue guiar muito bem a trama e é absurdo como ela é capaz de induzir o leitor, da forma mais natural possível, a sentir empatia pelo casal principal. O enredo se desenvolve devagar, a leitura é fluída e a escrita é simples, como acontece em todos os livros da autora.
Todo mundo erra. O que determina o caráter de uma pessoa não são os erros cometidos. É como ela usa esses erros e os transforma em aprendizados, não em desculpas.
Por fim, é óbvio que a autora não ia dar um desfecho triste para Ryle e Lily. Como li na resenha do Livros&Citações "Colleen terminou o livro mostrando que só porque você passou pelo inferno, isso não significa que não há um céu esperando por você".
E continue a nadar~ =)
Personagem favorito do livro: Sou incapaz de escolher. Allysa, Ryle, Lily.... provavelmente todos eles!
Cena marcante: A última antes do epílogo!
Onde comprar?
Nossa, não sei como alguém consegue ler esse livro e gostar do Ryle, ele desde o início sempre se mostrou um cara incrivelmente egocêntrico preocupado somente com ele mesmo e até nos elogios que ele fazia no início do relacionamento dos dois eram do tipo "Nossa você é tão fácil de lidar" já demonstrando que o que ele sentia pela Lily na realidade era um grande sentimento de posse e que estaria tudo bem entre os dois somente se ela não causasse problemas pra ele, sendo fácil de lidar, um personagem completamente egoísta, típico agressor que por mais que a autora mostrasse a origem de sua agressividade não redime o personagem, afinal vários agressores têm algum histórico de violência na infância e isso não os faz vítimas, agressor é agressor. Além do mais a Lily que se mostrou extra mente forte e determinada no início do livro com tudo o que ela viveu, na maneira como agiu no velório do pai, na maneira como ela tentava enfrentar o pai quando assistia as brigas, toda essa força da personagem foi jogada por água a baixo quando ela passou pela mesma situação com o marido, e por mais que o amor possa fazer isso com as pessoas e a autora ter justamente tentado mostrar isso a personagem se perdeu muito quando passou pela mesma ocasião, ela simplesmente não tinha nenhum pulso pra lidar com as agressões que ela mesma tinha tanto ódio na infância, não consegui sentir empatia por ela e sim raiva pela personagem estar sendo tão incoerente com quem ela se mostrou no início do livro, em quase nenhum dos momentos que ela decidiu tomar a decisão de se afastar do agressor foi por amor próprio, primeiro ela decidiu por palavras da mãe e depois por se preocupar que a filha passasse pelo que ela passou, mas ela em si mesma não poderia não querer passar pelo que a mãe passou? A motivação dela de retornar foi somente querer que a filha não passasse? E o amor próprio dela fica aonde? E a determinação que ela adquiriu ao longo de tudo o que ela passou em casa? Se a personagem não tivesse o histórico familiar de Lily eu entenderia, mas sinceramente esperei muito que após as agressões a menina forte que se mostrava nas cartas, com muita coragem de enfrentar o pai pudesse enfrentar o seu próprio agressor em cada interação com ele e ela nunca apareceu.
ResponderExcluirGostaria de compartilhar a minha visão, baseado na sua opinião.
ExcluirSobre o Ryle: Acho que gostar dele seria muito forte a se dizer e não gostar também. O gatilho para Ryle ter "crise" (Acho que posso chamar de "crise" porque ele não era agressivo o tempo todo como o pai de Lily era com sua mãe) era quando afetava o ego dele. Por exemplo, ele realmente é egocêntrico e ele mesmo sabia e Lily sabia também. Ele é um homem que tem tudo que quer e é um puta de um profissional, ou seja, na cabeça dele tudo é controlável. O trauma dele que desencadeou a agressão foi ele ter tentado "consertar" o irmão dele que ele matou quando ela pequeno. Imagina só você ter 5 anos e não saber o que é um revolver e por acidente matar seu irmão e logo em seguida tentar consertar seu irmão (ja morto) achando que ele vai levantar e ficar bem. Me imaginando na situação dele acho muito pesado uma criança vivenciar isso e com o tempo entender a gravidade da situação na qual estava totalmente fora do controle de uma criança de 5 anos. Mas não estou defendendo o comportamento de um adulto agressor, estou dizendo que, o mecanismo que o cérebro dele criou para se defender de coisas que ele não tem controle é com agressão. (Existem estudo sobre isso). Tanto ele sabia o quão errado era esse lado dele que estava fazendo tratamentos.
Continuação:
ExcluirSobre Lily: Acredito que na primeira agressão a Lily já tinha que ter terminado o relacionamento, e isso seria com certeza o certo a se fazer. Mas Lilly ja estava apaixonada por Ryle, ou seja, na minha visão ela o perdoou porque analisou o relacionamento dela por um todo, até então o Ryle nunca tinha sido agressivo antes e por um acidente que envolvia bebida alcoólica onde os dois estavam alterados ela perdoou mesmo com gatilhos de ter tido um pai agressor. Mas ai que ela comparava o pai e o namorado. O pai era o tempo todo agressivo já o namorado se mostrou arrependimento na mesma hora e nunca tinha sido agressivo antes. Por que não perdoar uma vez? Por que não dar um voto de confiança para uma pessoa que se mostrou arrependimento na hora? E foi a primeira vez, então naquele momento realmente foi um acidente. Quero lembrar que não estou defendendo Ryle e nem justificando as agressões dele, mas nessa situação entendo Lily, eu estaria mentindo se eu dissesse que minha atitude seria diferente da dela de ter perdoado mesmo vindo de um péssimo histórico familiar que gerou traumas. Nessa situação eu me coloco no lugar da Lily porque ela é apaixonada por ele e acredita que realmente foi um acidente.
Acredito muito que Lily foi forte o tempo todo, só dela estar lutando com a razão e a emoção já é algo grande. A razão que diz que é para encerrar por ali mesmo antes que a situação piore e ela mesma já presenciou isso com os pais. E a emoção se estar apaixonada por um cara que ela não quer desistir e que acredita que ele ama tanto ela que pode sim mudar, e ela ser o motivo da mudança dele. E olha que ela também não entendia o motivo da mãe dela não ter separado do pai.
Lily tomou a decisão de separar do Ryle tarde demais porque engravidou dele? Muita gente pensa isso que a criança é a solução da mudança de um relacionamento toxico/abusivo. Até ela mesmo pensou por um tempo e o que me surpreendeu nela foi a paciência a maturidade de mesmo sentindo que eles poderiam ser uma família e que ele poderia sim melhorar, ela encerrou o ciclo. Ela não quis arriscar que a filha tivesse o mesmo trauma, que tivesse conflitos internos iguais aos dela e é assim que acaba.
Algumas pessoas não entenderam a minha visão e eu respeito, como eu respeito a sua. Me identifiquei tanto com o livro porque passei por um relacionamento igual de Lily e Ryle, mas ao meu ver o meu foi pior e que estendeu por anos. "Nossa porque não terminou? Gostava de ser tratada mal."
Se eu tivesse a força e a coragem que a Lily teve em pouco tempo, hoje eu não teria tantos traumas e é por isso que esse livro mexeu comigo. Porque penso que eu poderia ter mudado minha vida encerrando um ciclo.
”Ciclo existem porque é doloroso acabar com eles. Interromper um padrão familiar é algo que requer uma quantidade astronômica de sofrimento e de coragem. Ás vezes, parece mais fácil simplesmente continuar nos mesmo círculos familiares em vez de enfrentar o medo de saltar e talvez não fazer uma boa aterrissagem.” - COLLEEN HOOVER - É ASSIM QUE ACABA.
Ainda estou processando o fato dela gostar do Ryle
ResponderExcluir