Título Original: Mechanique: A Tale of the Circus Tresaulti
Título em Português: O Circo Mecânico Tresaulti
Ano: 2016
Autor/Autora: Genevieve Valentine
Tradutor/Tradutora: Dalton Caldas
Editora: DarkSide
Gêneros: Fantasia / Ficção / Ficção científica / Literatura Estrangeira
Páginas: 320
Papel: Não informado
Sinopse oficial: Respeitável público, o Circo voltou!
Num mundo pós-apocalíptico, onde as pessoas não tem mais acesso à tecnologias de ponta, uma caravana circense leva esperança por onde passa. Os artistas são sobreviventes de guerra, que tiveram seus corpos mutilados reconstruídos com complexas estruturas mecânicas.
O que motivou a leitura?
Não vou negar que a capa gritou meu nome (e eu ouvi) enquanto passeava pela livraria, mas foi a sinopse me que ganhou desta vez. Particularmente tenho uma tendência à romances adolescentes e jovem adulto, só que estava naquele momento da vida em que precisava mesmo ler algo fora da minha zona de conforto e, zaz, eis que o circo apareceu diante de mim~
[RESENHA] - por Ariane
"Lembro-me bem da primeira vez que vi dois acrobatas ignorarem a multidão de pessoas e se olharem no exato momento que precede o salto, compartilhando algo que eu sabia ser vital - algo cuja verdadeira substância eu nunca consegui compreender, por não ser um acrobata com as mãos vazias esperando o momento do salto."
Como diz a resenha, as pessoas estão em um mundo pós-apocalíptico devastado pela guerra constante. Com a tecnologia e as cidades destruídas, todos sofrem com fome, falta de trabalho e saúde precária. "A guerra fez o mundo parar." E eis então que surge o circo com homens e mulheres mecânicas: acrobatas, dançarinas exóticas, homens que superam a força humana! Como não se deslumbrar com tal espetáculo?
A trupe, comandada por Boss, é formada por ex-soldados, refugiados, assassinos, pessoas que querem deixar sua vida para trás. A medida que o circo segue novas pessoas se unem a eles enquanto outras os deixam, mas há um porém, a trupe é dividida em dois grupos distintos: os que possuem os ossos e os que não possuem.
Boss é como a mãe de toda a equipe, ela tem a curiosa habilidade de integrar partes mecânicas às pessoas que precisam: uma perna, um braço, a coluna, o pulmão, olhos... Assim, aqueles que aceitam suas condições e termos ganham os ossos de metal, um novo nome e uma nova vida. Essa transformação não muda apenas sua aparência, os que possuem os ossos possuem uma resistência física sem igual e tem habilidades peculiares de acordo como são construídos por Boss.
"Quando um jovem garoto em especial vai ao circo e se esquece de aplaudir os acrobatas ou o homem forte por estar se perguntando se eles poderiam lhe ser úteis, ele é um homem do governo."
Essa resistência e habilidades que os tornam tão distintos são também o que chamam a atenção do homem do governo que já pôde assistir à apresentação uma vez e agora não medirá esforços para desvendar os segredos de Boss e de sua trupe!
O que dizer de O Circo Mecânico Tresaulti? Ou você vai amar ou vai odiar. A narrativa é ótima e diferente, não é difícil você começar a leitura com as expectativas a mil e aí vem a pedra no no caminho: se começar a ler com ideias pré-estabelecidas, você terá uma surpresa (boa ou ruim)! A narrativa não acontece de forma linear e além da alteração entre personagem-narrador ao longo de cada capítulo (e inclusive dentro deles), Genevieve não os identifica de cara, então é preciso ficar atento às mudanças sem aviso prévio tanto de quem está narrando quanto para quem o narrador está olhando naquele momento.
Duas engrenagens chamam mais a atenção durante a narrativa: a disputa entre Bird e Stenos, pelas asas que pertenceram ao antigo membro da trupe, Alec; e a fuga do homem do governo que cobiça as habilidades de Boss e os membros que têm os ossos, estando suas cruéis ações escondidas pelo discurso de um bem maior.
"Ele assiste sem ver, faz planos. O circo acontece em torno dele, sem ele. Se você perguntasse como eram os rostos deles, ele não saberia".
Particularmente senti dificuldade no início da leitura (que se arrastou pelas primeiras cem páginas), mas Boss me encantou a todo momento e a necessidade de descobrir mais sobre ela e sobre suas habilidades me motivaram a continuar. Não me arrependi, após a metade do livro tudo estava no lugar e eu já estava acostumada com a forma de narrar, com os nomes e características dos personagens. Como os capítulos são curtos (bem curtos mesmo) fiquei naquele impasse de 'só mais um' e quando vi, tinha terminado!
O capítulo que me marcou mais durante a leitura foi o capítulo 38, que conta a história de Boss e Panadrome antes de serem Boss e Panadrome:
"Panadrome foi um acidente."
Já frase que vai ficar marcada pra sempre é:
"Mas é assim que as lembranças são - sempre verdadeiras, nunca a verdade."
E não podemos esquecer de gritar Vivas! para a turma da DarkSide por essa Edição Limitada fantástica, com capa dura e cheia de texturas diferentes, com ilustrações maravilhosas de Wesley Rodrigues, diagramação impecável e as maravilhosas folhas amareladas! <3
Sem dúvidas um livro inovador. Se o leitor tiver paciência e curiosidade por novas experiências, é um prato cheio!
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