Título Original: Every day
Título em Português: Todo dia
Ano: 2013
Autor/Autora: David Levithan
Tradutor/Tradutora: Ana Resende
Editora: Galera Record
Gêneros: Infanto-Juvenil
Páginas: 280
Papel: Off-white
Sinopse oficial: Neste novo romance, David Levithan leva a criatividade a outro patamar. Seu protagonista, A, acorda todo dia em um corpo diferente. Não importa o lugar, o gênero ou a personalidade, A precisa se adaptar ao novo corpo, mesmo que só por um dia. Depois de 16 anos vivendo assim, A já aprendeu a seguir as próprias regras: nunca interferir, nem se envolver. Até que uma manhã acorda no corpo de Justin e conhece sua namorada, Rhiannon. A partir desse momento, todas as suas prioridades mudam, e, conforme se envolvem mais, lutando para se reencontrarem a cada 24 horas, A e Rhiannon precisam questionar tudo em nome do amor.
O que motivou a leitura?
Vi sobre esse livro em alguns canais do youtube e me interessei pela história, acabei trocando o livro no skoob com uma menina muito adorável! O livro veio como se fosse novinho!
[RESENHA] - por Ariane
Como começar a falar de um livro que me fez pensar em tantas coisas, que fez com que eu me identificasse tão bem com o personagem e ao mesmo tempo desejasse trazer mais dele para dentro de mim? Em Todo dia conhecemos A - (colocar aqui o q ele fala sobre seu próprio nome) - , um ser nem feminino e nem masculino de dezesseis anos que todos os dias ao acordar está no corpo de uma pessoa diferente, mas da mesma idade que ele.
E é em um desses dias que A conhece Rhiannon, a pessoa que faz com que ele resolva quebrar suas próprias regras: não criar laços e evitar estragos. Até conhece-la, A sempre fazia o possível para evitar qualquer mudança drástica na vida da pessoa em que ele estava procurando acessar as memórias de seu hospedeiro para conseguir seguir sua rotina. Agora A tem um motivo para mudar: o sentimento despertado nele por sua breve relação com Rhiannon e seu intenso desejo de estar com ela e lhe proporcionar dias melhores.
A partir daí, A passa a procurar por Rhiannon todos os dias, em corpos diferentes, lutando para superar os obstáculos impostos por sua condição! E com o passar dos dias e de seu amor por ela tomar conta de sua vida e seus pensamentos, A se vê envolvido em problemas fora de seu controle: 1) parece que um dos corpos que ele habitou se lembra dele; 2) Rhiannon pode vir a amar a mesma essência sem se importar com sua casca?; 3) é certo que ele continue interferindo na vida das pessoas apenas para que ele possa viver?
“Vivi toda minha vida desse jeito, mas você é a única coisa que me faz desejar não ser mais assim.”
Todo dia me colocou em uma posição bem difícil diante de algumas questões e me fez refletir sobre tantas outras. A verdade é que eu nunca tinha colocado tantos post-it em um livro como coloquei neste para marcar passagens que me surpreenderam e as que eu precisava pensar sobre. A não tem gênero, não tem raça, não tem religião, ele é apenas ele, mas também pode ser qualquer um.
“Não importa qual seja nossa religião, sexo, raça ou localização geográfica, todos nós temos 98% em comum com todos os outros. A raça é diferente apenas como uma construção social, não como uma diferença inerente.() Por uma razão qualquer, nós nos concentramos nos 2% de diferença e a maior parte dos conflitos que acontece no mundo é consequência disto.”
David Levithan coloca A diante de situações bastante complicadas: ora ele está no corpo de uma garota popular, ora no corpo de um nerd, outras no corpo de um obeso, viciado ou suicida. Às vezes é desesperador acompanhar o desespero do protagonista e você se vê querendo mergulhar nas páginas do livro para ajudá-lo a enfrentar determinadas situações, dizer 'Ei! aguente firme! Eu estou te vendo!', porque mesmo diante da quantidade de corpos que o protagonista habita em nenhum momento ele perde sua essência: nós sempre reconhecemos A.
E vai um aviso: para pessoas não acostumadas com o gênero do jovem adulto (Young Adult), A pode parecer um perseguidor/stalker, mas o amor desenfreado e desesperador é comum em livros dessa natureza!
A temática do livro é inovadora e a narrativa em primeira pessoa, cativante. O trabalho da Galera Record com a diagramação, capa e o tipo de papel (sou bem chata com o papel!! =P) está incrível e eu amei que eles tenham mantido a capa da versão original em inglês!!
Queria deixar dezenas de trechos maravilhosos do livro aqui, só pelo prazer de compartilhá-los, mas dentre eles escolhi o meu favorito:
“Na minha experiência, desejo é desejo, amor é amor. Nunca me apaixonei por um gênero. Apaixonei-me por indivíduos. Sei que é difícil as pessoas fazerem isso, mas não entendo por que é tão complicado, quando é tão óbvio.”
Já está disponível em português o livro Outro Dia (Skoob), segundo livro da trilogia e este ano (2018) já está disponível em inglês Someday (Goodreads), sendo este o terceiro livro, mas ainda não publicado em português!
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