Ano: 2018
Autor/Autora: Vitor Martins
Editora: Galera Record
Gêneros: Jovem adulto / LGBT / GLS / Literatura Brasileira
Páginas: 352
Papel: Polén soft 70g/m²
Sinopse oficial: Jonas não sabe muito bem o que fazer da vida. Entre suas leituras e ideias para livros anotadas em um caderninho de bolso, ele precisa dar conta de seus turnos no Rocket Café e ainda lidar com o conservadorismo de seus pais, sua mãe alimenta a esperança de que ele volte a frequentar a igreja, e seu pai não faz muito por ele além de trazer problemas. Mas é quando ele conhece Arthur, um belo garoto de barba ruiva, que Jonas passa a questionar por quanto tempo conseguirá viver sob as expectativas de seus pais, fingindo ser uma pessoa diferente de quem é de verdade. Buscando conforto em seus amigos (e na sua história sobre dois piratas bonitões que se parecem muito com ele e Arthur), Jonas entenderá o verdadeiro significado de família e amizade, e descobrirá o poder de uma boa história.
O que motivou a leitura?
Comprei esse livro na Bienal junto com Quinze Dias (RESENHA), que eu ameeeeeei, e essa semana decidi ler Um Milhão de Finais Felizes =)
[RESENHA] - por Ariane
Jonas é um garoto normal de 20 anos que não sabe bem o que quer fazer da vida... mentira. Ele sabe sim! Jonas quer ser escritor. O problema? Ele nunca termina nenhuma das histórias que começa a escrever. Em seu caderninho de bolso o rapaz escreve todas as dezenas de ideias que tem para novas histórias e, entre elas, surge uma sobre Piratas Gays (título provisório).
Após conhecer Arthur, um rapaz de cabelo castanho avermelhado, pele muito branca, cheio de sardas, olhos que não são azuis nem verdes, mas uma mistura das duas cores e...uma barba ruiva cheia! Pois é, Jonas acabou encontrando o "pirata" justamente em seu local de trabalho, o Rocket Café, uma versão melhorada de cafeterias como Starbucks e Frans café. E agora que encontrou o rapaz que deu origem ao protagonista de sua nova história, Jonas se vê no dilema de descobrir seu nome e o que ele faz, já que o rapaz ruivo decidiu não dar muitas informações (Mesmo quando foi solicitado!!).
A vida (ou o Vitor) parecem estar ao lado de Jonas e ele acaba esbarrando com Arthur em uma balada na Augusta e parece que o interesse é recíproco. Com alguns empurrõezinhos aqui e uma ajudinha dos amigos dali, os dois acabam se envolvendo! E agora? Como contar para a família religiosa fervorosa que ele é gay? Mais do que isso: como aceitar que se está verdadeiramente apaixonado por outro rapaz?
(...) mas uma parte bem pequena de mim ainda se sente um pouco assustada, porque viver tantos anos numa realidade tão religiosa me fez ter medo de Deus. E, consequentemente, medo de mim mesmo.
Apesar de ter um relacionamento ruim com o pai, Jonas é muito apegado a mãe e faz todo o possível para ajudá-la e agradá-la, então sua ele tem um grande receio de decepcioná-la.
Mais uma vez, me sinto impotente diante das expectativas que minha mãe tem para a minha vida. Mais um vez, sinto que o momento em que ela vai se decepcionar comigo de verdade está próximo.
Mais uma vez Vitor Martins conseguiu abordar temas difíceis de uma forma simples e delicada. Em muitos momentos eu estive rindo do jeitinho dos personagens e das enrascadas em que eles se metiam (sério, Jonas, tem coisas que você NÃO precisa dizer) e em outras eu só... quis abraçá-los e chorar com eles. Esse foi um daqueles livros em que eu só pude tentar imaginar o quão dolorosa e difícil é a vida de algumas pessoas.
O desespero de Jonas e seu medo de Deus me fizeram pensar sobre como a religião afeta a vida das pessoas e muitas vezes de uma maneira que não é saudável.
E, claro que, assim como em Quinze Dias, não é só Jonas que tem vários problemas para enfrentar. Seu grupo de amigos e seu crush passam por questões diferentes das suas, mas igualmente difíceis e problemáticas. A maneira como cada um foi construído e apresentado pelo autor faz com que o leitor se sinta bem próximo e até mesmo parte do grupo.
Um Milhão de Finais Felizes é um livro com uma escrita leve, muito divertido e recheado de questões sociais que merecem reflexão. É o tipo de leitura ótima pra fazer numa tarde de domingo, com chá/café e biscoitos. Ah! E é legal ter um bloquinho e caneta do lado, porque vai rolar marcações em váááários trechos bacanas! =) Definitivamente um livro 4,5 de cinco estrelinhas!
Personagem favorito do livro: Karina
Cena marcante: Quando o Jonas fala com a mãe por telefone, mais pro final do livro....
Onde comprar?
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