[RESENHA] Despertar (Xenogênese vol.1), Octavia E. Butler (Morro Branco)


Título Original: Dawn
Título em Português: Despertar (Xenogênese vol.1)
Ano: 2018
Autor/Autora: Octavia E. Butler
Tradutor/Tradutora: Heci Regina Candiani
Editora: Morro Branco
Gêneros: Ficção / Ficção científica / Literatura Estrangeira
Páginas: 352
Papel: Pólen soft 70g com revestimento de capa em couché brilho 150g

O que motivou a leitura?
Desde que li Kindred: Laços de Sangue há dois anos, tenho interesse nas outras obras da Octavia E. Butler. Inclusive, comprei Despertar em 2018, só que não tive tempo para lê-lo até agora.

[RESENHA] - por Ariane
Neste primeiro livro da saga Xenogênese, Octavia Butler nos apresenta sua nova protagonista: Lilith Iyapo, uma jovem negra que, antes da guerra que destruiu o planeta, perdeu o marido e o filho num acidente de carro.

Agora, 250 anos depois da destruição do planeta, Lilith é desperta pela raça alienígena Oankali, criaturas com aspecto humanóide que possuem protuberâncias parecidas com tentáculos por todo o corpo, com a missão de despertar os humanos ainda adormecidos e prepará-los para retornar a Terra. Não, é claro, sem pagar um alto preço por terem sido salvos da aniquilação.

De início, Lilith tem uma aversão extrema de seus salvadores (ou seriam captores?) e a humana leva um bom tempo para se acostumar com a aparência e estilo de vida na nave Oankali. Com o bom e velho clichê, os Oankali tem uma tecnologia muito mais avançada do que os humanos jamais sonharam em ter e são especialistas em biogenética - até mesmo a nave Oankali é viva! -. E enquanto os humanos estão adormecidos, os salvadores aproveitam para manipular os corpos humanos para melhorá-los e aprender sobre a raça humana: seus defeitos, necessidades, qualidades, o que é possível fazer e com eles e melhorá-los.

Isso tudo porque Oankali são uma espécie que para evoluir precisa de constante de permuta genética com outras raças e agora chegou a vez de misturar seus genes aos genes humanos! Divididos em três gêneros, os Oankali tem um relacionamento triplo: masculino, feminino e gênero neutro, chamado de ooloi, que é o que os conecta entre si e entre as raças com quem desejam fazer a permuta genética.

A relação de Lilith com sua família Oankali é ambígua: os alienígenas sempre parecem tratá-la bem e com dignidade, não usam a força para obrigá-la a aceitá-los ou a fazer o que querem que ela faça. Contudo, Lilith sabe que tudo que a cerca é uma falsa segurança, eles tem outras maneiras de convencê-la a fazer o que querem.

Despertar foi uma leitura arrastada para mim (eu poderia ter terminado em um dia, se tivesse me esforçado mais), mas não menos interessante. Como era de se esperar da Buttler, a narrativa é ágil e a leitura flui. É possível que eu tenha achado a leitura mais lenta por motivos de: necessidade de introduzir o leitor ao novo universo, então sempre há explicações e uma ambientalização maior.

Faço minhas as palavras da Lauren no post dela no skoob: "Terminei essa leitura num forte questionamento sobre consentimento e manipulação". Mesmo passado algum tempo desde a leitura, ainda fico me perguntando... Estou bastante ansiosa para ler Ritos de Passagem (Xenogênese #2) para ver se consigo um pouco mais de luz!

Dica da Ari: Comece a leitura preparado(a) para abrir a cabeça para novas questões.


Personagem favorito do livro: Provavelmente a Lilith, mas também gostei muito de Nikanj.
Cena marcante: Quando Lilith anda pela nave a procura de outros humanos. =)

Sinopse oficial:
Há vida inteligente lá fora e é ela que salva a humanidade de si mesma.

Quando Lilith Iyapo desperta após 250 anos de animação suspensa, descobre que o planeta Terra e os seres humanos sobreviventes de uma guerra catastrófica estão sob a guarda dos Oankali, uma espécie alienígena com habilidades e tecnologias tão impressionantes quanto sua aparência é repulsiva.

Lilith foi escolhida para despertar e preparar outros seres humanos para finalmente retornarem ao planeta natal. A Terra está novamente habitável há pouco, porém em condições bem diferentes do que conheciam. Assim, os humanos precisarão desenvolver suas habilidades de sobrevivência, enquanto Lilith terá que superar as próprias suspeitas para liderá-los nessa nova etapa – além de decidir se vale a pena andar sobre a linha do que nos define como humanos. 

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