Título Original: O garoto do cachecol vermelho
Ano: 2016
Autor/Autora: Ana Beatriz Brandão
Editora: Editora Verus
Gêneros: Literatura Brasileira
Páginas: 294
Papel: Não informado
Sinopse oficial: Melissa é uma garota linda, rica e mimada, que sempre consegue o que quer e tem todos na palma da mão. Ela acredita que a carreira de bailarina é a única coisa que realmente importa, porém suas certezas são abaladas quando faz uma aposta com um garoto misterioso, que parece ter como objetivo virar sua vida de cabeça para baixo. De repente, Melissa se vê dividida entre dois caminhos: realizar seu maior sonho, pelo qual batalhou a vida inteira, ou viver um grande amor. Mas, não importa aonde ela vá, todas as direções apontam para o garoto do cachecol vermelho... Com esta história intensa e apaixonante, Ana Beatriz Brandão vai emocionar e surpreender o leitor, provando que é uma jovem autora que tem muito a dizer.
O que motivou a leitura?
Uma pessoa que gosto muito que não convém citar o nome me indicou o livro por conhecer a autora. Curiosa como sou, obviamente fui bisbilhotar. Adorei a capa socorro e comprei :) E também ando num casinho com a editora Verus, confesso.
[RESENHA] - por Ariane
Bem bem... Logo no início do livro, achei que não ia conseguir chegar no final. Por quê? Simples: a personagem principal, Melissa (ou Mel), é tão chata e tão insuportável que eu quis rasgar as páginas do livro e comê-las para descontar minha raiva da protagonista. Porém, contudo, todavia, me ocorreu que na maioria das vezes as personagens principais são tão boazinhas, sempre fazendo as coisas direito ou sendo politicamente corretas e a Melissa não era nada disso. Proposital ou não, resolvi dar uma chance e continuei a ler.
A narrativa gira em torno de uma menina rica chamada Melissa; uma garota com um backgroud cheio de acontecimentos horríveis. Mel, que tem uma péssimo relacionamento com a mãe (que vive trabalhando), com o mundo e com ela mesma, está na faculdade estudando dança, pois quer se tornar a primeira bailarina negra de uma renomada escola internacional de balé, a Juilliard. Mas apesar de seu maior desejo, de ser bailarina, incapaz de lidar com seus problemas, ela se vê perdida num mundo de álcool e pessoas fúteis. Melissa se mostra uma protagonista preconceituosa e absurdamente mimada, mas sem medo de falar o que pensa (mesmo que isso ofenda os outros).
No meio disso, ela conhece Daniel, filho da reitora da universidade, um garoto carinhoso, sorridente, sem preconceitos e que gosta de fazer tudo que pode para ajudar as pessoas que conhece. E quando ele é confrontado pela protagonista, ele resolve mostrar a ela que a vida não se resume ao seu mundo.
"Prestei mais atenção ao garoto, que, todo sujo de tinta, continuava a desenhar no chão. Era uma mistura de amarelo, laranja, azul e roxo. Até que bem legal. Meu queixo caiu quando olhei para o asfalto onde ele estava ajoelhado. Algo parecido com uma enorme e complexa mandala ganhava vida ali".
Após um inesperado acordo feito por Daniel, ambos passam a conviver quase diariamente e ele acaba participando de alguns momentos delicados da vida de Mel; e apesar da relutância de Melissa no início e da relação complicada em que eles se vêem envolvidos, ambos começam a se sentir atraídos um pelo outro.
"Ele enxergava a esperança em meio a todo o caos de raiva e desprezo em que eu vivia mergulhada. Sua confiança em mim me fortalecia".
Além do romance entre Melissa e Daniel, a autora desenvolve de maneira bastante sutil, mas não de forma monótona, sobre a Esclerose Lateral Amiotrófica, ou ELA, doença essa que passa a fazer parte da vida da protagonista e que a ajuda na construção do seu novo caráter. Além desta doença, o livro aborda também temas como violência sexual, preconceitos e bulimia.
A verdade é que, apesar de eu ter achado levemente exagerado ter tantas coisas ruins acontecendo com Melissa, confesso que simplesmente me apaixonei pela escrita da Ana Beatriz. Apesar de ser uma garota jovem, a forma de escrever me agradou bastante; ela consegue detalhar o ambiente e o físico dos personagens sem deixar o texto massante. Particularmente gosto de um meio termo de descrição: sem nada é ruim de imaginar a cena e cheio demais você quase frita seus neurônios pra lembrar de tudo nos próximos parágrafos, então nesse quesito fiquei bem satisfeita.
A trama é previsível e tem bastante clichê, mas não dá para negar que eu me emocionei bastante lendo. Chorei bastante e torci mais ainda pela Mel. Achei adorável a forma como a autora desenvolveu o amadurecimento da personagem e conseguiu expandir seu horizonte. Como leitora assídua deste tipo de enredo, torci freneticamente pela felicidade do casal! E apesar do enredo previsível, com certeza o leitor vai se surpreender em mais de uma parte!
E vale lembrar que parte dos direitos autorais vai para a abrELa (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ESCLEROSE LATERAL AMIOTRÓFICA). Se você tiver interesse em saber mais sobre a doença ou se quiser ajudar, basta acessar o site http://www.abrela.org.br/
Ansiosa para ler A Garota das Sapatilhas Brancas, sim ou com certeza?? *3*
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